Shopping

Tem coisas que só parecem fazer sentido quando expressamos na hora. Aqui, neste caso, "blogar".
Ontem fui a São Paulo, a trabalho, e aproveitei para dar uma passada no shopping antes de voltar. Precisava comprar um jeans novo, nada sério. Cheguei depois de mais de uma hora preso no trânsito, e de comer um dos chocolates que comprei no caminho.
Fui direto ao ponto. Entrei na loja, procurei, escolhi, decidi. Não foi tão simples assim, mas consegui o que queria. Andei mais um pouco, queria ver a celebridade do momento, o IPhone. Não demorou e encontrei em algumas vitrines. Antes de me deslumbrar com o design ou com a tecnologia, fiquei chocado com o preço. Não cabe no meu bolso.
Então fui à livraria, uma megastore, onde já estive um monte de vezes, mas dessa vez tudo me pareceu diferente. Tudo parecia estar no superlativo. Mais cores, mais livros, mais um monte de coisas. Menos lugares para sentar e ler. Mesmo assim dei sorte e logo achei um lugarzinho para ler as duas revistas que escolhi. Ironicamente, a primeira se chamava "Vida Simples", ou algo parecido. A outra, de tecnologia. Lá estava eu frente a frente com o tal IPhone de novo e suas inúmeras utilidades, dentre as quais a de servir como símbolo de status.
Ainda dei um pulo na seção de audio e vídeo para ver as novidades em CDs. Tomei um susto porque os CDs foram reservados a um espaço mínimo. Estava quase tudo tomado pelos DVDs. Sinal dos tempos do MP3.
Tentei andar mais um pouco, desisti. Já estava cansado. Comecei a achar aquilo tudo muito chato e supérfluo. Fui me dando conta de que não havia dinheiro que bastasse para comprar tanta coisa. Roupas, sapatos, livros, perfumes, tecnologia etc etc etc. Demorou, mas definitivamente entramos na era do consumismo desenfreado. E isso vicia rápido, pode crer.
Saí do shopping e o trânsito ainda estava lá. Não via a hora de chegar em casa, 60 km longe de SP. Justo eu que não conseguia me imaginar fora da Capital...

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