No início, você só conseguia entrar se fosse convidado. Tinha até quem leiloasse convites (e quem pagasse por eles) no e-bay. Quantos amigos perdidos pudemos reencontrar? Quantos amores nasceram (e morreram também) com a sua ajuda? Até eu me dei bem, pois uma amiga "orkutiana" me apresentou uma amiga real e com ela já estou há 2 anos. Mas aquelas mensagens ridículas do tipo "apago minhas mensagens para preservar minha privacidade" ou "no scrap, no add" logo apareceram. As fotos, facilmente copiadas, aos poucos foram desaparecendo, especialmente as dos nossos filhos. Os medos, claro, se justificam. Queríamos estar lá, mas ao mesmo tempo queríamos privacidade. Conseguimos. Não se pode mais bisbilhotar a vida alheia, exceto a dos próprios amigos, o que convenhamos, não é muito interessante. Fotos? Nem pensar. Como fazer novos amigos, se nem podemos mandar uma mensagem se apresentando, dizendo olá? É uma pena, especialmente porque a idéia original era reproduz...
Por Marcello Moreno. Publicado originalmente em https://marcellomoreno.medium.com/ 22 de dezembro de 1985, domingo, estádio Cícero Pompeu de Toledo, Morumbi, São Paulo. Naquele ensolarado dia de domingo, cem mil torcedores estavam presentes para assisti r à final do Campeonato Paulista daquele ano. Portuguesa x São Paulo se enfrentariam pela última vez para decidir quem ficaria com o título de campeão daquele ano. Os dois mereciam levar o título. A Portuguesa teve a melhor campanha na fase de classificação, todos contra todos, em dois turnos. O São Paulo foi reforçando seu time ao longo do campeonato, com as contratações do goleiro Gilmar Rinaldi, do lateral direito Zé Teodoro e de Paulo Roberto Falcão, o Rei de Roma, que se somaram aos excelentes Oscar e Dario Pereyra, Nelsinho, Marcio Araújo, Careca e Pita, e aos “menudos” Silas, Muller e Sidney, vindos das categorias de base do Tricolor. Para muitos, era o melhor time do Brasil. O apelido de “menudos” surgiu em razã...
Relutei muito para escrever isso aqui no blog. Medo de parecer doido, do julgamento alheio, enfim. Mas cheguei à conclusão de que preciso superar isso. Fazer essa catarse. Nasci em 10.02.1972, portanto, em 01.02.1974 estava prestes a completar 2 anos de idade. Não tenho lembranças conscientes do incêndio do Joelma. Comecei a me dar conta dos fatos com 6 anos, ou seja, em 1978, após o incêndio do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista. Infelizmente São Paulo foi palco de grandes incêndios nos anos 70. As coisas pioraram com o incêndio do Edifício Grande Avenida, na Avenida Paulista, em 1981. Eu morava por perto e, com 9 anos, além de ver pela TV, fui ver pessoalmente. Fiquei traumatizado. Comecei a ter crises de pânico, sonhava que o apartamento em que morava pegava fogo e que em cada edifício que entrava ia pegar fogo também. Nunca contei isso a ninguém. Pouco depois exibiram na TV o filme "Joelma 23º andar", com a Beth Goulart. Nessa época também descobri que o vigia norutno...
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