11.10.11 - 01.01.21

3.370 dias, 481 semanas, 110 meses, 9 anos. Praticamente uma década inteira.

Esse foi o tempo que passou sem que eu escrevesse uma linha sequer neste blog. De verdade, eu já nem me lembrava que ele existia. Quando lembrei, pensei que estivesse perdido em algum "limbo" digital. Semana passada eu postei uma história sobre o meu querido SPFC em outra plataforma, o Medium, simplesmente por não me lembrar da existência deste aqui.
Mas eu estava procurando uma plataforma para escrever sobre assuntos profissionais, até que lembrei  que havia esta conta no blogger. Qual foi a minha surpresa ao ver que tudo continuava ali, intacto, assim como ver que ainda existe gente interessada nele, pois a página continua a ter acessos.

Ao abrir a página e ler o conteúdo, foi como desenterrar uma cápsula do tempo. E me perguntei porque parei de escrever. O tempo dedicado (ou seria perdido?) ao Facebook, Twitter e outras redes sociais explicam muita coisa. Mas, de fato, nunca me senti tão à vontade para me expressar nas outras plataformas como aqui. A chegada dos primeiros smartphones naquela mesma época também explicam muita coisa.

Em uma década, muitas coisas aconteceram. Mudou a crush, o status de relacionamento, o endereço. Meu filho, hoje um jovem mais alto e bonito que eu, acabou de me ensinar qual era o melhor plano para a assinatura do XBOX e me fez economizar uma grana, e eu estou muito grato por eles estarem comigo nesta virada de ano e de década, junto com a bichana que me adotou há quase 7 anos. Por outro lado, há um tanto de tristeza e indignação com o comportamento de um vizinho que se comporta como se fosse aquele famoso jogador de futebol brasileiro que insiste em se viver como se o mundo fosse seu parque de diversões particular. Quanto ao vizinho, não me resta alternativa senão deixar que a Justiça resolva. 

Nesta última década me tornei DJ, fiz alguns trabalhos profissionalmente, e descobri que pode ser um hobby extremamente prazeroso. Cursei um MBA, me aventurei como candidato a vereador, viajei um pouco pela Europa e América do Sul e, neste último ano, como o resto do mundo, fui atingido em cheio pela pandemia do Coronavírus. Felizmente, nenhum de nós aqui ficou doente até o momento, e assim pretendemos continuar até chegar o momento de levar a espetada da vacina no braço, e finalmente entender que tipo de vida poderemos levar. 

Hoje estamos num mundo dividido, polarizado, e se esse post fosse uma volta ao tempo, ninguém jamais acreditaria na história que eu teria para contar, não importa de que lado você esteja. Mas eu tenho o meu, não tenham dúvidas disso, e isso ficará claro rapidamente. No fundo, gostaria que isso também mudasse rapidamente.

Atualmente, quem faz sucesso nos meios digitais são os YouTubers, Instagrammers, Digital influencers. Os podcasts ressurgiram com força e os conteúdos online pagos se tornaram absolutamente comuns. Músicas, livros, filmes, absolutamente tudo está ao alcance das mãos, desde que se pague por isso, ou que você se arrisque na pirataria. O Facebook e o Twitter se tornaram um ambiente tóxico e difícil de se respirar. Vivemos em bolhas, e isso pode ser tanto satisfatório quanto ilusório. Leio os jornais cujo conteúdo me agrada, sigo as pessoas que pensam de forma parecida comigo, e cancelo quem não me interessa. 

E então veio a pandemia. No final de dezembro de 2019 estava no Peru e, numa noite, antes de dormir, li no uol uma notícia a respeito de um grave surto de pneumonia numa região da China que estava sendo isolada. Pensei que seria um problema localizado. Mas rapidamente a situação mudou, e deu-se início à contagem regressiva para a chegada do vírus no Brasil.

Nos 3 primeiros meses da pandemia (era o tempo que eu pensava que a pandemia iria durar), por diversas razões, dentre elas o pânico, permaneci completamente isolado, sozinho, e neste tempo surgiu a ideia de escrever livros. Três, na verdade. Um exagero. Cheguei a escrever alguns capítulos, mas nada foi muito longe. Teria sido muito mais tranquilo ir escrevendo aqui e ir organizando as ideias aos poucos. Mas, como eu disse no começo, sequer lembrava da existência deste blog. 

Agora que ele ressurgiu, a vontade é de mantê-lo ativo. Se tem realmente alguém interessado em ler as bobagens que vou escrever, não sei. Se tiver, é possível que eles vejam uma retrospectiva das coisas que vivi nesta última década, juntamente com o resto mais que sentir vontade de escrever, como eu fazia há dez anos. E veremos no que vai dar.

Feliz ano novo! Feliz vacinação à todos!

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