Domingueiras (2)

Faz umas duas semanas que li, fiquei de postar e comentar. O post está aí, não haveria momento mais oportuno, mas os comentários ficam pra depois, se é que precisa...


Número de ex-namorados aumenta no mundo moderno


Por EFE Reportagens

No primeiro trimestre de 2008 se divorciaram na Espanha cerca de 33 mil casais, que foram beneficiados pela "Lei de divórcios express" vigente desde 2005. Enquanto isso acontece em um país europeu, no Peru e na Guatemala são promovidas reformas no mesmo sentido. Após estes dados, a idéia de que o conto de fadas existe muitas vezes parece mentira. O final feliz bateu de frente com a realidade.

"Há coisas que você pode colecionar e são coisas que não respiram, que se terminam, se morrem, você os esquece. Mas o que fazer com pessoas?" Com esta reflexão, Montse Rodríguez, autora de "Mis ellos" ("Meus eles", em tradução livre) explica como hoje em dia as pessoas "acumulam ex-parceiros com uma facilidade bastante assombrosa".

Diante do que não é de estranhar que ela, publicitária durante 12 anos, compare os "ex-" com essas canetas que desaparecem sem que você se dê conta, e depois são substituídas.

Da mesma forma que a idéia do amor, que agora parece mais efêmero, os papéis também mudaram. O protótipo de mulher que abandonava tudo para ser dona de casa e cuidar dos filhos e do marido, está se esvaindo. Junto a ela "os casamentos para toda a vida".

Do lado oposto, a mulher que "imita" os papéis masculinos, uma companheira que procura o "sucesso profissional", e que para este fim não poupa recursos.A mulher que "imita o homem" deixa de lado o que historicamente foi parte de sua identidade. Por exemplo, "ela sempre foi boa administradora, ele não". As virtudes de um e de outro também devem ser "aproveitadas" nos temas amorosos."Devemos aos homens a coerência histórica e às mulheres uma oportunidade: a de saber encontrar seu próprio espaço", explica Rodríguez. Além disso, o casal procura o equilíbrio.

A paciência do amor.

O espírito de sacrifício, antes, era um pacto implícito associado a toda relação. "Um contrato que hoje ninguém aceitaria porque não fomos educados para isso". Assim, a autora se mostra contundente, acreditando que o sucesso de todo casal passa pelas mãos de um "companheiro que leve você a encontrar a paz". Aqui é crucial superar diferentes períodos e sobretudo, "saber digeri-los".

Como ingredientes básicos "mais paciência, diálogo, esforço. Não estamos acostumados a agüentar nada". Daí, que frente a este novo papel de mulher, é essencial encontrar "o espaço". "Conhecer-se a si mesmo e evitar a frustração que a perda de um parceiro causa".Ser solteiro também não é tão mal assim. "Ser solteiro é um conceito positivo, lúdico. Fazem-se festas para eles, cruzeiros. Parece que acertaram na loteria. O objetivo do solteiro é encontrar um parceiro, mas tudo parece ser vantagens", afirma Rodríguez.

Da paixão ao aborrecimento.

No mercado, as pechinchas podem sair caras. Às vezes, a paixão desaparece sem mais nem menos. "Antes esta era como uma fase a mais dentro do casamento. Depois chegava outro momento e isso nunca ia romper a relação. Hoje em dia isso não é assim". Após a paixão, vem o aborrecimento. "E talvez há alguém por quem eu me apaixone mais".

"Vivemos em uma sociedade hedonista e individualista", e isto também repercute no amor. O compromisso se perdeu e poucas pessoas assumem que além da paixão se pode gostar de alguém. "A cumplicidade, o conhecimento e o apoio mútuo" serão aqui essenciais. Longe de ser um livro de autoajuda (para a autora escrevê-lo foi um tratamento) "Meus eles" é como um desses dias nos quais você se olha no espelho e ri de si mesmo". A cara mais divertida de si mesmo desde os diferentes prismas do amor.

Eles podem ser um número concreto, mas também os ex são pessoas com as quais podemos cruzar no dia a dia, que nos trazem lembranças. Encarar isto, longe do desespero, seria uma opção por onde começar.
Por Nuria Vega.
EFE REPORTAGENS.

http://br.noticias.yahoo.com/s/080910/48/gjsbkw.html

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